A madrugada deste domingo (11) foi tensa no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. O retorno da delegação do Vasco da Gama, após a derrota por 2 a 1 para o Vitória, foi marcado por protestos de torcedores insatisfeitos e por confronto com a Polícia Militar. A equipe, que acumulou três derrotas consecutivas, chegou à capital carioca sob forte clima de cobrança.
Para evitar tumultos, o ônibus da delegação vascaína utilizou uma rota alternativa e saiu do aeroporto por uma área isolada e sem identificação visual do clube. No entanto, torcedores concentrados do lado de fora se deslocaram para outras áreas ao redor do terminal, ocupando vias e protestando contra o desempenho da equipe e a gestão do clube.
Os manifestantes entoavam gritos como “time sem vergonha” e criticavam duramente a diretoria, especialmente o presidente Pedrinho e os jogadores. A situação se agravou quando um grupo tentou bloquear a passagem do ônibus. Em resposta, a Polícia Militar, que acompanhava a escolta, utilizou bombas de efeito moral, balas de borracha e gás de pimenta para dispersar os torcedores. O confronto durou cerca de seis minutos.

Horas após o tumulto, o clube anunciou a demissão do diretor de futebol Marcelo Sant’Ana. A decisão foi tomada em reunião após o jogo contra o Vitória. Até que um novo nome seja escolhido, as funções administrativas do departamento de futebol serão conduzidas pelo CEO Carlos Amodeo.
O clima nos bastidores do Vasco segue instável, e a pressão da torcida cresce a cada rodada.