Um acidente de moto tirou a vida de Thiago Breves Zanatta, de 21 anos, na madrugada deste domingo (24), em Angra dos Reis. O jovem perdeu o controle da motocicleta por volta das 2h, na Praia do Anil, após realizar a manobra conhecida como “grau”, que consiste em empinar a moto.
Segundo testemunhas, Thiago teria empinado o veículo no momento em que seria abordado por agentes em uma blitz. Ao retornar as duas rodas ao solo, a moto caiu e o rapaz foi arremessado contra um poste. Ele sofreu traumatismo craniano e morreu no local.

O jovem não usava capacete, assim como a passageira, uma adolescente que estava na garupa. A garota sofreu apenas escoriações leves e deixou o local logo após o acidente, ocorrido em uma rua interna paralela à Avenida Airton Senna.
A morte precoce de Thiago gerou grande comoção nas redes sociais ao longo de todo o domingo. Centenas de mensagens foram publicadas por amigos, conhecidos e até por pessoas que não o conheciam, prestando solidariedade à família e alertando para os riscos da prática.
Uma vizinha desabafou em uma publicação: “O rapaz que morreu é meu vizinho. A família está arrasada e, como todos sabem, não está sendo fácil. Mas, em meio à dor, peço que todos que fazem isso repensem suas atitudes. Muitas vidas estão se perdendo pelo mesmo motivo. Que sirva de exemplo, para que outras mães não passem pela mesma dor.”
Outro internauta reforçou o alerta: “Aos amigos que praticam, levem isso como exemplo. Hoje uma mãe sofre, amanhã pode ser a de vocês.”
A prática de empinar motocicletas em vias públicas é considerada infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O artigo 244, inciso III, prevê multa de R$ 293,47, suspensão do direito de dirigir, retenção do veículo e recolhimento da habilitação.
Além disso, o artigo 308 do CTB estabelece que manobras perigosas em via pública podem ser enquadradas como crime de trânsito, passível de punição mais severa.
O caso reacende o debate sobre os riscos de manobras arriscadas em locais não autorizados. Amigos e familiares de Thiago, profundamente abalados, agora pedem que a tragédia sirva de reflexão para que outras vidas não sejam perdidas da mesma forma.