SACODE POLÍCIA | Com Tico Balanço
Réu é acusado de homicídio qualificado e furto
O crime que abalou o bairro Jardim Primavera teve, nesta quarta-feira (5), um desfecho na Justiça. Franklin Damasio do Espírito Santo foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Barra Mansa à pena de 22 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado.
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A sentença, proferida pela 1ª Vara Criminal, reconheceu Franklin como autor dos crimes de homicídio qualificado — por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima — e furto.
O magistrado fixou a pena em 21 anos e 4 meses de reclusão pelo homicídio e 1 ano e 2 meses pelo furto, totalizando 22 anos e 6 meses de prisão. A decisão manteve a prisão preventiva do acusado, ressaltando que o crime foi cometido com extrema violência e que a pena supera quatro anos, o que impede a substituição por medidas alternativas.
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O crime que abalou o Jardim Primavera
Lorenzo Eduardo Terra Avelino, de 19 anos, foi encontrado morto dentro de sua residência, na Rua Pedro Barbosa Gama, no bairro Jardim Primavera, por volta das 21h de um sábado, dia 1º de abril de 2023.
O corpo apresentava marcas de golpes contundentes na cabeça e no rosto, e a arma do crime — um martelo — foi localizada pelos policiais militares que atenderam à ocorrência. O próprio pai do jovem encontrou o corpo no banheiro da suíte — uma cena que marcou profundamente a família.
De acordo com um familiar, ficou comprovado no julgamento que o acusado devia uma quantia alta de dinheiro a Lorenzo. No dia do crime, ele afirmou ter “ganhado um milhão na loteria” e que iria pagar a dívida.
“Lorenzo acreditou, porque tinha bom coração, porque confiava. Jamais imaginaria que alguém tão próximo pudesse fazer o que fez”, relatou o parente.
Ao invés de pagar, o acusado tirou a vida de Lorenzo de forma brutal, sem chance de defesa. Segundo os autos, os golpes foram direcionados à cabeça. Em seguida, trancou Lorenzo no escritório, quebrando a chave pelo lado de dentro e impedindo qualquer tentativa de fuga ou socorro.
Lorenzo agonizou sozinho, sem ajuda, sem reação possível.
Ainda conforme apresentado no processo, o réu usou o celular da vítima para enviar mensagens aos familiares, tentando encobrir o crime e fazê-los acreditar que o jovem estava bem. Foram mentiras construídas desde o início e sustentadas até o último momento no tribunal.
Durante o julgamento, a frieza do acusado impressionou os presentes.
“Não houve remorso, nem arrependimento, nem reação — nem mesmo quando ouviu a própria condenação. Mas a verdade venceu”, declarou o familiar.
