A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, até o momento, não existe nenhum esquema especial de segurança ou operação diferenciada nas rodovias da região Sul Fluminense por conta dos rumores de uma possível greve de caminhoneiros. Segundo a corporação, o que está sendo feito é um trabalho preventivo de monitoramento contínuo em pontos considerados críticos, onde há histórico de manifestações, bloqueios e interdições de pista.
De acordo com a PRF, equipes próprias e também da concessionária responsável pela rodovia realizam rondas periódicas, varreduras ao longo do trecho e observação de qualquer movimentação suspeita. Materiais que eventualmente possam ser utilizados para bloqueios estão sendo recolhidos, como forma de prevenção. No entanto, não há, até agora, nenhum comunicado oficial de lideranças da categoria ou de entidades representativas indicando paralisações na região.
A corporação destacou ainda que tem recebido diversos questionamentos sobre o assunto, inclusive por mensagens em grupos e contatos diretos, mas esclarece que, neste momento, não há registro de nenhum movimento organizado localmente. A atuação segue dentro do que é previsto em lei, e eventuais manifestações serão tratadas conforme determina a legislação vigente.
Enquanto isso, em outras partes do país, caminhoneiros articulam, principalmente por meio das redes sociais, uma possível paralisação nacional a partir desta quinta-feira (4). A mobilização ainda é considerada incerta, já que há divergências entre entidades que representam o setor. A maior expectativa de adesão estaria concentrada na região Sudeste, especialmente em São Paulo, com o apoio de algumas figuras públicas envolvidas na convocação.
O cenário remete à greve de 2018, durante o governo Michel Temer, quando caminhoneiros paralisaram atividades por cerca de dez dias em protesto contra o aumento nos preços dos combustíveis e em reivindicação de melhores condições para a categoria. Na ocasião, o movimento provocou falta de combustíveis, alimentos e insumos em diversas regiões do país, afetando diretamente a economia nacional.
Por ora, a orientação da PRF é para que motoristas sigam acompanhando os canais oficiais de informação e mantenham atenção redobrada nas estradas, enquanto o monitoramento continua sendo realizado de forma preventiva.
