Homem é condenado a menos de um ano de prisão por mutilar cavalo em Bananal

A Justiça de Bananal, no interior de São Paulo, condenou Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz a 11 meses e 18 dias de detenção, em regime semiaberto, pelo crime de maus-tratos que resultou na mutilação e morte de um cavalo. A sentença, proferida pela juíza Luciene Belan Ferreira Allemand na última sexta-feira (6), também estabelece 34 dias-multa. A defesa informou que não irá comentar a decisão, que ainda é passível de recurso.

O caso ocorreu em agosto e ganhou grande repercussão após imagens gravadas por um amigo de Andrey viralizarem nas redes sociais. Os dois haviam participado de uma cavalgada quando o animal, segundo a acusação, percorreu aproximadamente 14 quilômetros por áreas íngremes, acabou exausto e caiu. Laudo veterinário constatou que o cavalo ainda estava vivo quando teve as patas cortadas.

Andrey, por sua vez, sustentou que o animal já estava morto no momento da mutilação. Após a repercussão, afirmou estar arrependido e admitiu em entrevista à TV Vanguarda que agiu sob efeito de álcool, embora tenha reconhecido total responsabilidade pelo ato.
“Foi um ato cruel. Não é culpa da bebida. É culpa minha”, declarou.

Na sentença, a juíza destacou que houve duas condutas distintas de maus-tratos, ambas determinantes para a morte do animal. Segundo a magistrada, o cavalo foi submetido a esforço incompatível com sua condição, levando-o à exaustão extrema. Mesmo após cair pela primeira vez, Andrey teria forçado o animal a continuar.

A juíza ressaltou que, ao invés de buscar ajuda — o que seria possível, já que havia outras pessoas por perto — o tutor insistiu para que o equino seguisse em frente. Quando o cavalo caiu novamente, Andrey o mutilou com golpes de facão.
“No segundo episódio, praticou ato de extrema crueldade, golpeando o animal ainda em vida”, escreveu a magistrada.

“Não restam dúvidas de que o réu praticou duas ações de maus-tratos que culminaram no óbito do equino”, concluiu a juíza.

O caso continua gerando forte comoção na região e reacende o debate sobre punições para crimes de violência contra animais no país.

Com informações do Foco Regional.

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