O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) bateu o martelo e escolheu o empresário Renato Araújo como seu indicado para compor a chapa majoritária ao governo do Estado do Rio de Janeiro, como pré-candidato a vice-governador ao lado de Rodrigo Bacellar (União Brasil), atual presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) e pré-candidato ao Palácio Guanabara em 2026. As informações foram divulgadas inicialmente pelo portal A Cidade.
A articulação entre as duas lideranças começou ainda no início do ano, quando Bolsonaro se reuniu com Bacellar, o presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, e aliados do PL, em um encontro informal em Angra dos Reis. Desde então, as conversas evoluíram até o consenso em torno do nome de Araújo, que também atua como coordenador do PL na região da Costa Verde.
Conhecido por seu perfil técnico e trânsito político nos bastidores, Renato Araújo é visto por Bolsonaro como um nome de confiança, com forte ligação ao setor empresarial e com histórico de atuação na mobilização de bases conservadoras no estado.
“Renato é um nome alinhado com os nossos valores. Ele acredita na liberdade econômica, na segurança pública e tem uma postura firme contra a corrupção. É alguém preparado para ajudar o Rio a sair do marasmo e voltar a crescer”, teria afirmado Bolsonaro a interlocutores próximos.
Rodrigo Bacellar, por sua vez, comemorou a escolha. Segundo aliados, o presidente da Alerj vê em Araújo um parceiro estratégico, tanto por sua capacidade de articulação quanto por sua lealdade ao grupo político bolsonarista. “Renato simboliza o tipo de gestão eficiente e comprometida que queremos levar ao governo estadual”, declarou Bacellar nos bastidores.
Impacto político
Com a movimentação, Bolsonaro deixa clara sua intenção de influenciar diretamente a disputa pelo governo do Rio em 2026. O estado é considerado um dos redutos mais importantes para a direita no Brasil e, em eleições anteriores, foi palco de votações expressivas em favor do ex-presidente.
A composição entre Bacellar e Araújo também deve obrigar outras forças políticas a se reorganizarem, diante do potencial de polarização que a chapa representa, especialmente frente aos nomes ligados ao campo progressista e ao centro político.