A morte de dois cães em situação de rua no Centro de Engenheiro Paulo de Frontin na última semana provocou indignação entre moradores e autoridades do município. Os animais, muito conhecidos e queridos pela comunidade, foram encontrados sem vida em um intervalo de pouco mais de 24 horas, levantando a suspeita de envenenamento.
O primeiro a ser localizado foi “Xandinho”, encontrado morto na calçada de uma loja, na noite de quinta-feira (19). Já na madrugada de sexta-feira (20), “Dobô”, outro cão que era considerado praticamente um símbolo afetivo da cidade, foi achado sem vida, próximo ao Hospital Nelson Sales, com sinais de ferimentos.
Um terceiro cão, chamado “Amigo”, também foi encontrado ao lado de Dobô, porém ainda com vida. Ele foi socorrido pela Associação Frontinense de Ajuda aos Animais (AFAA), passou por exames em Paracambi e atualmente está em um lar temporário, se recuperando.
“Esses cachorros eram muito amados pela população, estavam em todos os eventos e eram cuidados por quem passava. O Dobô era tão presente que era considerado patrimônio da cidade. Estamos todos abalados e indignados”, relatou Gisele Glória, membro da AFAA, em entrevista.
A Polícia Civil abriu investigação para apurar o caso e trabalha com a hipótese de envenenamento. Exames de necropsia serão realizados para confirmar a causa das mortes, e testemunhas estão sendo ouvidas para identificar os possíveis responsáveis.
O caso repercutiu fortemente nas redes sociais, inclusive com manifestação do prefeito Maneko Artemenko, que classificou a morte dos animais como uma das notícias mais tristes desde que assumiu a prefeitura. “Eles faziam parte da rotina e da história da nossa cidade, sempre presentes em missas, eventos e no dia a dia das ruas. É uma crueldade sem justificativa. Já pedi ao delegado da cidade que o caso seja tratado com rigor, e que os responsáveis por esse crime sejam identificados e punidos. Não podemos tolerar esse tipo de covardia”, declarou o prefeito.
Enquanto a investigação segue, a dor pela perda de Xandinho e Dobô se soma ao desejo coletivo de justiça por aqueles que não tinham voz, mas conquistaram o coração de toda a cidade. Com informações do Jornal Tribuna do Interior.