A Justiça converteu em prisão preventiva a detenção em flagrante do jovem acusado de violentar sexualmente uma adolescente em Piraí (RJ). A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (21), na Cadeia Pública de Volta Redonda, onde ele permanece detido.
O caso aconteceu na noite de sexta-feira (18). Segundo a Polícia Civil, o jovem e a adolescente se conheceram por meio de uma rede social e marcaram um encontro na Praça da Preguiça, no Centro, por volta das 18h. Após se encontrarem, caminharam até a Praça de Santana e subiram as escadarias de uma igreja, onde trocaram carícias.
De acordo com o delegado Antônio Furtado, mesmo após a adolescente recusar continuar o contato, o rapaz, que havia chegado a Piraí há apenas dez dias para trabalhar como auxiliar de cozinha, usou força física para consumar o ato, por volta das 21h. Ainda segundo o delegado, para intimidar a vítima, ele mostrou uma cicatriz nas costas, dizendo ter sido de uma facada, e exibiu fotos de armas e drogas.
Posteriormente, o suspeito levou a vítima até o Morro do Cruzeiro, em uma área isolada, onde teria ocorrido um segundo estupro. Após o ato, o jovem dispensou a adolescente na região conhecida como Beira Rio e a orientou a comprar uma ‘pílula do dia seguinte’.
A adolescente procurou atendimento no Hospital Flávio Leal, onde relatou o ocorrido. A equipe médica acionou a Polícia Civil, que localizou o suspeito no restaurante em que trabalhava, às margens da Via Dutra. Durante a abordagem, ele autorizou buscas em sua residência, mas nenhum material ilícito foi encontrado.
Na delegacia, o jovem negou inicialmente as agressões, mas ao ser informado sobre o exame realizado pela vítima, mudou sua versão, alegando que as relações teriam sido consensuais. Entretanto, de acordo com a Polícia Civil, o laudo pericial indicou sinais de violência, incluindo marcas nos braços da adolescente.
Com base nas evidências, o suspeito foi preso em flagrante pelo crime de violência continuada e segue detido na Cadeia Pública de Volta Redonda, devendo ser transferido nos próximos dias para um presídio no Rio de Janeiro. Se condenado, a pena pode ultrapassar 16 anos de prisão.