Policial condenado a 46 anos por estuprar e matar sobrinho é preso em Angra dos Reis

O policial militar Jeverson Olmiro Lopes Goulart, de 60 anos, foi preso nesta terça-feira (23) em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro. Ele estava foragido há mais de um mês após ser condenado a 46 anos de prisão por crimes cometidos contra o próprio sobrinho, de 12 anos, em Porto Alegre (RS).

A prisão foi realizada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, após a Justiça do Rio Grande do Sul determinar o cumprimento imediato da pena e expedir o mandado de prisão. Durante o andamento do processo, Goulart respondeu em liberdade.

Até a publicação desta reportagem, a defesa do réu não havia se manifestado. Já o advogado Marcos Vinícius Barrios, assistente de acusação e representante da família da vítima, destacou o simbolismo da prisão às vésperas do Natal. Segundo ele, embora a medida não repare a perda, permite que a mãe do menino possa seguir em frente com mais dignidade. A expectativa da acusação é de que o condenado seja transferido para o Rio Grande do Sul para cumprir a pena.

O julgamento ocorreu em outubro e contou com a participação de Jeverson por videoconferência, diretamente de seu apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro. Durante as sessões do Tribunal do Júri, a imagem do réu foi transmitida em tempo real no plenário. Ele negou as acusações.

A promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, responsável pela denúncia, informou que solicitou que o julgamento fosse presencial ou que o réu acompanhasse a sessão em um fórum, mas os pedidos não foram aceitos. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul esclareceu que a decisão atendeu a um pedido da defesa, que alegou dificuldades de deslocamento e preocupações com a segurança do acusado. Segundo o TJRS, a participação virtual é permitida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O caso ganhou repercussão desde novembro de 2016, quando o menino Andrei Goulart foi encontrado morto em casa. A investigação inicial apontou a hipótese de suicídio, versão que sempre foi contestada pela mãe da vítima, Cátia Goulart. Anos depois, novas apurações levaram o Ministério Público a denunciar Jeverson pelos crimes de homicídio e estupro, sob a alegação de que a morte teria ocorrido para ocultar os abusos cometidos contra a criança.

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