Onça-pintada é vista novamente no estado do Rio após décadas de desaparecimento; registro foi feito em Valença

Após mais de 50 anos sem registros, uma onça-pintada (Panthera onca) voltou a ser avistada em território fluminense. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) confirmou a presença do animal nas matas do Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença (RJ), onde vem sendo monitorado desde dezembro de 2024.

Considerado o maior felino das Américas e um dos maiores do mundo, o predador é essencial para o equilíbrio dos ecossistemas. Segundo o Inea, trata-se de um macho adulto, cujos movimentos têm sido registrados por armadilhas fotográficas instaladas em parceria com o Projeto Aventura Animal.

A espécie havia desaparecido da região nos anos 1970, vítima do avanço urbano, caça e perda de habitat. O retorno do animal é considerado um marco para a conservação ambiental no estado.

O secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, destacou que medidas estão sendo tomadas tanto para garantir a proteção da onça quanto para preservar a tranquilidade dos moradores da região.

— Estamos acompanhando o animal com câmeras e equipes especializadas, além de reforçar a presença de fiscais e promover ações de educação ambiental. A presença da onça é motivo de celebração, mas também exige responsabilidade — declarou o secretário.

Além do monitoramento, o Inea implantou um plano de conscientização para orientar a população local. Equipes de educadores ambientais e guarda-parques estão atuando com materiais informativos, alertando sobre como proceder em caso de avistamento.

Os técnicos do órgão também vêm estudando vestígios deixados pelo animal, como pegadas e fezes, o que permitiu identificar sua dieta natural, composta por espécies como capivaras, catetos e tapitis. Até o momento, não houve nenhum registro de ataque a pessoas ou animais domésticos.

Recomendações do Inea

O instituto alerta que é proibido tentar atrair, alimentar ou se aproximar da onça. Tentar fotografá-la por conta própria pode representar risco tanto para o animal quanto para as pessoas envolvidas. Em caso de encontro, a orientação é manter a calma e não fazer movimentos bruscos — o felino é discreto e tende a evitar a presença humana.

Para dúvidas ou mais orientações, o Inea disponibiliza o telefone 0300 253 1177.

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